Blog da Proma
O Pacto Global da ONU e a Sustentabilidade Empresarial
O início de junho é marcado por um evento importante em prol da preservação do planeta no Brasil: a Semana Nacional do Meio Ambiente. A escolha deste período tem relação com o Dia Mundial do Meio Ambiente, instituído em 1972, quando representantes de 113 países e de 400 organizações governamentais e não governamentais se reuniram pela primeira vez na Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente em Estocolmo, na Suécia, para debater questões ambientais.
À época, os participantes adotaram uma série de princípios para uma boa gestão do meio ambiente, incluindo a Declaração de Estocolmo e o Plano de Ação para o Meio Ambiente Humano e várias resoluções. A Declaração de Estocolmo, que continha 26 princípios, colocou as questões ambientais na vanguarda das preocupações internacionais e marcou o início de um diálogo entre os países industrializados e em desenvolvimento sobre a ligação entre o crescimento econômico, a poluição do ar, da água e dos oceanos e o bem-estar humano.
Um dos principais resultados da conferência foi a criação do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA). Este ano o evento foi realizado novamente na Suécia com a temática “Uma Só Terra”, com foco na vida sustentável em harmonia com a natureza. O conteúdo vai ao encontro de um dos pontos mais defendidos no debate internacional sobre meio ambiente — consumo e produção responsáveis, que está, inclusive, entre os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU).
Passados 50 anos, após a primeira reunião de Estocolmo, o mundo enfrenta uma tripla crise planetária de mudança climática, poluição, perda da biodiversidade, bem como outros males que estão afetando a prosperidade e o bem estar da geração atual e futuras. Um planeta insalubre põe em risco a saúde humana, a prosperidade, a igualdade e a paz — como o mundo tem visto nitidamente com a COVID-19 – e também ameaça a efetivação dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.
Signatárias do Pacto Global
Ser sustentável é pensar em novas formas de se desenvolver e fazer negócios. Em um mundo que clama por mudanças, o papel das empresas é fundamental para o desenvolvimento de uma produção mais eficiente e com menos desperdício. Até porque isso vem se tornando cada vez mais uma exigência do consumidor. Pensando em utilizar o potencial inovador das empresas, a Organização das Nações Unidas (ONU) incluiu o setor privado em seus indicadores e metas para um desenvolvimento sustentável.
Em 2000, por iniciativa do então secretário-geral das Nações Unidas, Koffi Annan, a ONU aprovou a fundação de uma iniciativa com vocação única na história da organização, o Pacto Global. Trata-se de um instrumento que nasceu com a responsabilidade de aproximar o setor privado da agenda de desenvolvimento da ONU, em um esforço para que as empresas, como principais condutoras da globalização, possam beneficiar a economia e a sociedade em todos os países.
Atualmente, o Pacto Global conta com mais de 13 mil signatários, sendo que 9 mil deles são empresas. Apesar de ser voltada para o setor privado, a iniciativa também recebe organizações sem atividades empresariais, mas que estejam de certa forma ligadas às companhias.
As signatárias do Pacto se comprometem a reportar anualmente os progressos com relação aos 10 princípios do Pacto e em troca, ao participar da plataforma, ganham reconhecimento mundial. No Brasil, existem seis áreas de trabalho: direitos humanos, água, energia e clima, anticorrupção, alimentos e agricultura e, por último, os chamados Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), criados em 2015 pela ONU.
Contribuições das Empresas para o ODS
Diante da urgência na questão climática, cresce a demanda da sociedade por uma atuação socioambiental responsável. No último ano, o Fórum Econômico Mundial apontou que um total de 2,5 trilhões de dólares em investimentos seria necessário para que os 17 ODS fossem alcançados até 2030. Apesar de os 193 países membros da ONU terem assumido o compromisso de alinhar o seu desenvolvimento, tal valor não pode ser assumido unicamente pelos governos, o que desperta a importância da atuação por parte do setor privado.
A Promaflex é signatária do Pacto Global desde 2012. Por isso atua fortemente no desenvolvimento de ações atreladas aos 10 princípios do Pacto. Na verdade, todas as ações de sustentabilidade empresarial estão ligadas aos pilares da tríade ESG, sigla em inglês para “boas práticas ambientais, sociais e de governança”. Entre as quais destaca-se o monitoramento da cadeia de fornecedores, de forma a evitar fragilidades no que se refere aos direitos humanos; a redução do consumo e reuso de água nas operações e a instalação de usina de reciclagem em seu parque fabril; a reciclagem de 99% da sucata gerada na produção, além da produção de soluções plásticas 100% recicláveis.
O Pacto Global e os ODS têm uma relação direta, de modo que, enquanto os princípios do Pacto Global representam o que as empresas devem fazer, os ODS mostram como colocar esses princípios em prática. Com a adoção dos ODS, a Promaflex formalizou o seu compromisso com o desenvolvimento sustentável a nível global. Inclusive, a empresa reporta anualmente à ONU o desempenho de todas as atividades. O objetivo é ampliar as ações e também incentivar parceiros do setor.