Blog da Proma
Indústria é motor de crescimento, geração de empregos e inovação
Neste 25 de maio, celebramos o Dia da Indústria, setor que desempenha papel essencial na economia brasileira, sendo um dos principais motores do crescimento, da geração de empregos e da inovação.
Sua importância é evidenciada por diversos fatores, desde a participação significativa no Produto Interno Bruto (PIB) até o impulso dado a outros ramos de atividade.
Os diversos segmentos industriais, como o químico, automobilístico, siderúrgico, construção civil, alimentício, têxtil, eletrodomésticos, eletroeletrônicos e tecnologia, contribuem de modo expressivo para a produção de bens e serviços, gerando riquezas e ofertando grande diversidade de itens aos mercados consumidor e corporativo.
Assim, reduzem a dependência da economia de setores primários, como agropecuária e mineração, e diminuem a necessidade de importações. Cálculos da Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostram que, a cada R$ 1,00 produzido nesse segmento, são gerados R$ 2,44 ao longo das múltiplas cadeias de valor.
O setor também é um importante gerador de empregos formais e de qualidade. Emprega milhões de brasileiros em diversas áreas, desde a produção até a gestão e a pesquisa e desenvolvimento.
Esses postos de trabalho não só proporcionam renda e estabilidade às famílias, mas também contribuem para o desenvolvimento de habilidades e a ascensão social dos trabalhadores.
Para saber mais sobre o assunto, continue a leitura e confira dados sobre o setor, além da nossa conversa com dois destacados executivos da indústria, Renato Ditomaso, líder Comercial da Braskem, e Eduardo Mendes, gerente da Pronatec Máquinas.
Setor desempenha papel central na promoção da inovação e da competitividade
As indústrias desempenham papel crucial na promoção da inovação e da competitividade. Investem em pesquisa e desenvolvimento para aprimorar produtos, processos e tecnologias, tornando-se mais eficientes e competitivas no mercado global.
Desse modo, a busca constante por inovação não só impulsiona o crescimento econômico, mas também eleva a qualidade dos produtos brasileiros e amplia suas oportunidades de exportação.
Outro aspecto importante é o seu efeito multiplicador sobre outros ramos da economia. A demanda por insumos, serviços logísticos, tecnologia e mão de obra gerada pelo setor impulsiona o crescimento de outros segmentos, como o comércio e os transportes.
Essa interdependência entre as diversas áreas cria um ambiente econômico dinâmico e estimula a atividade empresarial e os investimentos.
Data de 25 de maio homenageia Roberto Simonsen
A data de 25 de maio foi instituída como Dia da Indústria em homenagem ao patrono da atividade no Brasil, Roberto Simonsen, falecido nessa data, em 1948.
Ele foi um defensor ferrenho do desenvolvimento desse setor no Brasil e desempenhou papel crucial na criação e implementação de políticas voltadas a ele. Acreditava que fortalecer o segmento era essencial para o crescimento econômico e a independência do País.
Simonsen foi engenheiro, empresário, administrador, professor, historiador, político e membro da Academia Brasileira de Letras (ABL). Além disso, foi presidente da (CNI) e da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP).
Simonsen contribuiu para a criação de várias instituições e órgãos voltados para o desenvolvimento empresarial, como o Instituto Brasileiro do Café (IBC) e o Serviço Social da Indústria (SESI).
Ele também foi um dos principais articuladores da criação do Departamento Nacional do Trabalho (DNT), que mais tarde se transformou no atual Ministério do Trabalho e Emprego.
Assim, a data reforça a importância da indústria para o desenvolvimento do país, homenageando uma das figuras mais importantes da história desse setor.
A importância da indústria para o Brasil
Para entender melhor a importância desse segmento para o desenvolvimento econômico do país como um todo, basta consultar alguns dados. A atualização de 2024 do Perfil da Indústria Brasileira apresenta os seguintes índices:
- participação no PIB: 25,5%,
- exportações de bens e serviços: 66,6%,
- investimento empresarial em pesquisa e desenvolvimento: 66,8%,
- arrecadação de tributos federais (exceto receitas previdenciárias): 34,8%,
- arrecadação previdenciária: 24,4%,
- número de empregados: 11,2 milhões,
- participação no emprego formal: 21,2%.
Em relação à distribuição por porte, o levantamento de 2022 aponta que 94,2% são micro e pequenas empresas, 4,7% são médias e 1,1% são de grande porte.
A partir desse conjunto de dados, podemos perceber a forte participação dessas empresas na economia nacional, além dos impactos sociais provocados pelas suas atividades, como a grande quantidade de empregos gerada por elas.
Indústria 4.0 redefine o cenário da produção no setor
A Indústria 4.0, considerada a quarta revolução desse setor, engloba um amplo sistema de tecnologias avançadas, como inteligência artificial, robótica, internet das coisas e computação em nuvem.
Esses recursos estão redefinindo o cenário da produção no setor, oferecendo oportunidades sem precedentes para melhorar a eficiência, impulsionar a inovação e promover a sustentabilidade.
Além disso, sua importância vai além das fronteiras das fábricas, influenciando de maneira profunda, positiva e duradoura a economia, a sociedade e o meio ambiente, uma vez que as soluções buscam beneficiar diferentes esferas.
Assim, essa nova era oferece uma série de vantagens em termos de eficiência e produtividade. Os sistemas de produção inteligentes permitem a automação de processos complexos, reduzindo custos operacionais, melhorando a qualidade dos produtos e aumentando a eficiência energética.
Os benefícios alcançados com a implantação desses sistemas são diversos. Dados do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) mostram que as tecnologias digitais, por exemplo, permitiram aumentar em 22% a capacidade produtiva de micro, pequenas e médias empresas dos segmentos de alimentos e bebidas, metalmecânica, moveleiro, vestuário e calçados.
Segmento de produção de plásticos também se destaca
Um dos segmentos de produção mais fortes no país é o de plásticos, área na qual atua a Promaflex. A Associação Brasileira da Indústria do Plástico (ABIPLAST) aponta que, a cada R$ 1 milhão adicionado à produção desse setor, são gerados 29 empregos indiretos.
Além disso, os dados também mostram os acréscimos de R$ 1,3 milhão no Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro e de R$ 3,35 milhões na produção total da economia.
O plástico é um material extremamente versátil, sendo indispensável em inúmeros setores.. Pesquisas contínuas visam aprimorar as propriedades do material, tornando-o mais resistente, leve e sustentável.
Novas tecnologias de reciclagem e de produção contribuem para reduzir o impacto ambiental e promover a economia circular, na qual os resíduos plásticos são reutilizados e reintegrados ao processo produtivo.
Esse é o caso da Promaflex, que recicla em 100% sua fabricação pré-consumo. Além disso, a empresa trabalha com um programa de logística reversa pós-consumo com as construtoras, tornando todo o processo mais sustentável.
Plásticos Made in Brazil
Os dados acerca da produção de plástico no Brasil também confirmam sua relevância no setor industrial, seja pelo seu alto faturamento ou pelo número de pessoas empregadas nesse segmento.
O Perfil das Indústrias de Transformação e Reciclagem de Plástico no Brasil, realizado em 2022, apresenta as seguintes informações em relação à produção do material no país:
- faturamento: R$ 117,5 bilhões,
- produção física: 6,7 milhões de toneladas,
- geração de empregos: 360 mil pessoas,
- empresas: 12 mil.
Já em relação à distribuição de empresas por porte, os dados mostram que 0,6% delas são grandes, 5,7% são médias, 22,4% são pequenas e 71,4% são microempresas.
O levantamento também aponta quais são os principais setores consumidores da produção de plástico no Brasil, reforçando a relevância dessa atividade para os mais diversos segmentos. A lista é composta por:
- construção civil (25,4%),
- setor alimentício (21,9%),
- artigos de comércio e varejo (7,8%),
- automóveis e autopeças (6,2%),
- bebidas (6%).
Por fim, há também alguns dados importantes em relação às principais resinas consumidas no mercado, sendo elas:
- PP (20,3%),
- PEBDL (16,1%),
- plásticos reciclados (13,2%),
- PEAD (13,8%),
- PVC (12,9%).
Fortalecimento do setor beneficia o Brasil, diz líder comercial da Braskem
Renato Ditomaso é líder Comercial da Braskem, empresa de origem nacional e gigante global do setor químico. Ele listou diversos motivos pelos quais um desenvolvimento forte das atividades industriais é essencial para o país.
“O fortalecimento do setor industrial, especialmente na área química, com empresas como a Braskem, apresenta uma série de impactos positivos para a economia brasileira. O setor contribui para a geração de empregos diretos e indiretos, auxiliando na redução do desemprego e no avanço do desenvolvimento socioeconômico. O aumento da produção industrial impulsiona a capacidade produtiva do País, podendo gerar um crescimento nas exportações”, explica.
Ditomaso lembra que o setor químico está estreitamente ligado à inovação tecnológica e que empresas como a Braskem, que investem em pesquisa e desenvolvimento para criar soluções mais eficientes e sustentáveis, fortalecem a competitividade do Brasil no mercado global.
“O crescimento industrial também contribui para o aumento do Produto Interno Bruto (PIB), não apenas pela expansão da produção e exportações, mas também pelo efeito multiplicador que a indústria exerce sobre outros setores da economia”, acrescenta.
O executivo destaca que a Braskem se sobressai pelo compromisso com a neutralidade de carbono, direcionando investimentos contínuos para inovação e tecnologia.
Seu posicionamento a nível mundial também envolve a construção e expansão de suas 40 unidades fabris, seis centros de pesquisa e 14 escritórios comerciais ao redor do mundo, o que reforça sua posição como líder global no setor químico.
Pronatec: empresa nacional conquista espaço com produtos especializados
Ouvimos, também, Eduardo Mendes, gerente regional da Pronatec, empresa de capital inteiramente nacional. A companhia firmou-se no mercado nacional fornecendo máquinas e equipamentos para empresas que atuam com materiais flexíveis, de diversos setores, inclusive nos plásticos, como a Promaflex.
“Conquistamos nosso espaço fabricando produtos muito especializados, atuando em nichos de mercado”, conta. São itens como eixos pneumáticos, carro virador de bobina, rolos curvos, mancais de troca rápida, extrator de eixos e elevadores de bobinas, dentre outros.
“Não adianta apenas ser eficiente na produção. É preciso atender bem o cliente”, ressalta. “Por isso, acredito que a proximidade com as empresas que atendemos é um grande diferencial”, complementa.
Mendes ressalta que o setor industrial nacional, apesar das dificuldades da economia brasileira, tem tudo para dar certo, mas com estratégias próprias. “Nós temos tecnologia e capacidade para produzir, mas não em escala global, como os fabricantes chineses, por exemplo. Precisamos desenvolver produtos voltados para mercados em que somos competitivos”, finaliza.
Agora que você já conhece a importância desse setor para a economia nacional, continue por aqui e saiba mais sobre o papel desempenhado por outros segmentos. Confira nosso conteúdo sobre como os materiais de construção são pilares de desenvolvimento socioeconômico!
(Imagens: divulgação)