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As 5 principais tendências da indústria em 2023
O ano de 2023 ainda está no começo e por isso há tempo para que você possa alinhar suas estratégias às principais tendências da indústria para manter sua empresa competitiva no mercado. Afinal, se em 2022, apesar da inflação que assolou todo o mundo, houve grandes investimentos em tecnologia, conectividade e equipamentos acessíveis que garantam altos níveis de produção, deve-se esperar movimentos semelhantes e ainda mais intensos para este ano.
Segundo o “Top Strategic Technology Trends 2023”, divulgado pela Gartner, as empresas, em geral, devem se basear em três pilares essenciais: otimização, escalabilidade e pioneirismo, todos eles voltados para a máxima comum da sustentabilidade.
A seguir, falaremos de forma mais específica sobre as principais tendências da indústria em 2023.
Acompanhe.
Tendências da indústria em 2023
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Indústria 4.0
A Indústria 4.0, também conhecida como 4ª Revolução Industrial, chegou nos últimos anos como um furacão de tecnologia, transformando processos e relações, sejam elas entre empresas, entre pessoas e até mesmo, talvez principalmente, entre estas e máquinas.
A Indústria 4.0 trouxe de forma acelerada o desenvolvimento de diversos tipos de tecnologias, como o Big Data, a IoT, o blockchain, a Inteligência Artificial, a nanotecnologia, a tecnologia de sensores, dentre outras.
Este conjunto de tecnologias representou uma grande transformação no fazer industrial, bem como em diversos outros setores da sociedade.
No Brasil, contudo, nem o termo nem sua importância são ainda populares como deveriam para que a modernização das indústrias ocorresse de forma competitiva como em outros países mais industrializados, a exemplo da China, por exemplo.
Sendo assim, uma forte tendência da indústria em 2023 é orientar todos estes processos tecnológicos para serviços, aproveitando-os de maneira funcional, melhorando sua produção e qualidade dos produtos.
2.Pilares ESG – Environmental, Social, and Governance
A sigla ESG já é bem conhecida no meio industrial e através dela fica bem claro que lucro e propósito podem e devem andar juntos no ambiente empresarial.
O conceito ESG diz respeito a um conjunto de boas práticas empresariais que colocam aqueles que as utilizam num patamar diferenciado, seguindo tendências que vão separar negócios que se manterão competitivos no futuro de negócios que ficarão relegados ao ostracismo da estagnação.
Ou seja: em outras palavras, os pilares ESG são o melhor caminho para o futuro, seguindo, é claro, as tendências mundiais de mercado.
Os pilares ESG proporcionam equilíbrio nas relações entre produtividade e questões humanas, sociais e ambientais.
E esta tendência não começou do dia para a noite. Ela já existe há bastante tempo, desde 2005: oficialmente, surgiu no relatório Who Cares Wins (ou, em português, “ganha quem se importa”), resultado de uma iniciativa da Organização das Nações Unidas (ONU), com foco em sublinhar as novas – e fundamentais – preocupações de responsabilidade corporativa dos negócios.
Assim, falar de ESG é falar sobre transformações reais e impactantes nas organizações industriais e empresariais, valorizando a humanização, com maior atenção e cuidado com colaboradores; valorizando a diversidade, em toda a sua complexidade e importância; e, como não poderia deixar de ser, valorizando sobremaneira o meio ambiente, a partir de práticas e comportamentos sustentáveis.
Por isso, uma tendência da indústria que já vem forte e vai ser cada vez mais importante é a valorização destes pilares.
Indústrias devem se atentar para suas práticas ambientais, fazendo parte, por exemplo, da economia de baixo carbono, inserindo-se no mercado de economia circular, cuidando de sua geração de resíduos e tudo o mais que diz respeito ao meio ambiente. Afinal, adotar práticas sustentáveis, atualmente, também gera lucro, além de melhorar a imagem da empresa.
O mesmo vale para o cuidado com os colaboradores e com a atenção e práticas voltadas para a inclusão e a diversidade.
3. Rede 5G
Durante muito tempo, nos ambientes de tecnologia, o 5G foi uma promessa muito aguardada. Pouco se ouvia falar dele há alguns anos, não fosse em ambientes onde o desenvolvimento tecnológico já era pauta.
Contudo, aqueles que tinham uma mínima noção acerca do que se tratava o 5G sabiam que ele chegaria para tornar a palavra da moda, “disrupção”, ainda mais significativa.
Como promessa de transformação, o 5G, com sua tecnologia de menor latência e, portanto, maior segurança na transferência de dados, tornaria, finalmente, as cidades inteligentes reais, como o desenho animado dos anos 60, Os Jetsons, já previa.
E, de fato, o 5G realmente tem todo este potencial, sim, de transformação, principalmente industrial.
Aliado a outras tecnologias, como a IoT e o Big Data, a rede 5G pode trazer viradas de chaves muito impactantes em todos os setores, não somente na indústria.
Da mineração e do agronegócio à educação e à comunicação, esta tecnologia garantirá uma conexão muito mais poderosa, em que pessoas e máquinas trocarão dados de forma muito mais rápida e segura.
De certo que não será implementada da mesma forma em todos os países e em todas as indústrias, mas empresas que optarem por assimilar sua importância e investir em sua adoção serão aquelas que, invariavelmente, sairão na frente.
No meio industrial, o uso de robôs mais inteligentes e conectados através do 5G garantirá uma produtividade nunca antes vista, com muito mais confiabilidade e qualidade.
Porém, se por um lado há todas estas possibilidades de mudanças para a produção, em si, por outro, há a questão da mão de obra.
De fato, a tendência é que grandes indústrias passem a usar cada vez mais máquinas que conversam entre si, trocam dados, tomam decisões e executam ações, de tal forma que a mão de obra humana técnica será, gradativamente, substituída.
Portanto, por uma questão de responsabilidade social, um dos pilares ESG mencionados anteriormente, é necessário tomar cuidado com esta questão, proporcionando cursos de aperfeiçoamento para seus profissionais, especialmente cursos voltados para o desenvolvimento das habilidades comportamentais, as chamadas soft skills.
4.Supply Chain
Supply chain é o termo em inglês para “cadeia produtiva”, que diz respeito aos processos pelos quais um produto deve passar, desde a captação de commodities até a entrega do produto para o consumidor final.
Em outras palavras, pode-se dizer que supply chain são os métodos e operações que fazem parte da fabricação, logística e distribuição de um produto.
A supply chain, em geral, é constituída por máquinas, sistemas e profissionais integrados, que tem o papel de aprimorar os fluxos e processos, incluindo as relações com fornecedores, transportadoras, operadores logísticos e parceiros, em geral.
Também fazem parte da cadeia produtiva setores estratégicos como Marketing e RH, por exemplo.
Uma forte tendência da indústria para 2023 é o fortalecimento de seu papel na cadeia produtiva, aliando tecnologia às suas atividades para melhorar seus processos produtivos e ritmo de produção.
Para que a indústria se fortaleça na supply chain é importante que tenha um bom planejamento de produção, que advém de uma boa gestão estratégica.
Um bom planejamento de produção evita problemas como ruptura de estoque, sortimento de produtos ineficientes, visibilidade de estoque inadequada, dentre diversos outros.
Contar com um bom software de gestão ajuda a manter a supply chain organizada e, com isso, a produção se torna realmente mais eficaz.
Pode parecer algo simples para se considerar tendência, porém nos “detalhes” reside grande força. A potência de uma indústria bem alinhada em todos os seus processos é muito maior do que aquelas que não se atentam para o que poderia ser considerado básico.
Um bom gerenciamento da supply chain resulta em redução de custos operacionais, em maior competitividade e no aumento da receita, minimamente.
5. Automação
Não é de hoje que a automação industrial vem sendo decisiva na produção de muitas indústrias.
E esta tendência tende apenas a se intensificar à medida que as novas tecnologias sobre as quais falamos, como o 5G e a IoT, por exemplo, tornarem-se mais populares.
A automação reduz custos, diminui o tempo de produção, melhora a produtividade, além de eliminar a possibilidade de erro humano.
Automação é um processo que se dá através de sistemas mecânicos e computadorizados que controlam as funções ou mecanismos de um processo para automatizá-lo.
Assim, pode-se dizer que a automação industrial é a melhoria de processos industriais por meio do uso de tecnologias e máquinas para substituir trabalhos manuais ou feitos por meio de tecnologias que, frente às mais recentes, tornam-se obsoletas.
Via de regra, a automação industrial depende de três pilares: a eletrônica, a tecnologia da informação e a mecânica.
Esta é outra tendência da indústria que pode parecer pequena, uma vez que a automação já vem sendo muito usada e melhorada nos últimos anos, mas, mais uma vez: o advento de tecnologias como o 5G tende a fazer com que todas as demais tecnologias que dependem de interconectividade e uso de dados sejam impactadas e modernizadas.
Por isso, a automação é uma forte tendência da indústria para 2023.